Dúvidas não há de que nosso sistema educacional é falho. Tudo começa quando paramos para analisarmos a história e os resultados de nossa educação. Sem muitas dificuldades, compreendemos que as iniciativas mais relevantes e significativas desta área sempre serviram as elites dominantes. Isto é um fato. Podemos somar a isso, a compreensão de que nem sempre encontramos escolas funcionando de forma adequada, o que impossibilita o professor ou a professora de colocar em prática atividades atualizadas, inovadoras e não tradicionais. Por outro lado, além destes aspectos mencionados percebemos que uma parte das famílias é desestruturada e pouco contribui para que seus entes submetam-se a um necessário e satisfatório processo de educação, que deve ser realizado pela própria família. Além disso, percebemos que a sociedade também não oferece meios para que os alunos, ao saírem do Ensino Médio, se incluam e interfiram significativamente. Portanto, nosso sistema educacional é a parte mais significativa de um fracasso coletivo. Como estamos analisando o fracasso do sistema educacional, e todos estes sujeitos citados – anteriormente – são partes decisivas deste processo, logo podemos considerar que genericamente abre-se a possibilidade da utilização do termo "fracasso coletivo" para nos reportarmos às responsabilidades de cada um, tendo em vista que todas estas particularidades unem-se para formar um todo. O que este livro busca abordar, portanto, são as responsabilidades individualizadas, as partes do quebra-cabeça, as dicotomias e unificações fazendo o percurso da desfragmentação para a unificação, como um pedreiro sóbrio que busca refazer uma casa que fora construída do teto para o alicerce e não do alicerce para o teto.