Em 2006, mais de mil mulheres da Via Campesina entram em ação direta contra a Aracruz Celulose. É um ponto alto de lutas sociais que tendem a ser esquecidas enquanto são exaltadas as duvidosas conquistas do primeiro governo Lula. Em meio às ocupações, encontramos as difíceis relações entre feminismo e socialismo dentro do MST, o que nos leva às opressões internas (ou silêncios), percebidas tanto da perspectiva das mulheres da Via Campesina quanto das mulheres negras do Movimento de Desempregados. Essas dimensões articuladas impulsionam novas leituras sobre o sentido das propostas emancipatórias dos movimentos sociais, tomando seus próprios silêncios como critério.