Sexy Ugly conta a história de um redator freelancer que recebe a missão de criar um roteiro publicitário para um prostíbulo especializado em atender pessoas feias. É uma história que o autor sempre quis contar, isso desde muito antes do seu primeiro livro – Espalitando (Cousa, 2013). Está lá tudo o que ele gosta na literatura e no cinema: sexo, humor, violência, personagens marginais e cotidiano. Deco Ramone não é um detetive, mas atravessa os dias investigando como solucionar seus jobs e sua vida. Podemos dizer que é uma novelinha noir que se passa em Salvador sobre propaganda, mas com figuras que você não vê na TV ou nos outdoors. A ideia de Sexy Ugly vem do tempo que o autor descobriu os romances do Raymond Chandler. Ele bebeu a atmosfera noir com seus heróis cínicos, sórdidos e pessimistas, as femme fatales e os diálogos rápidos. Depois vem a violência e os tipos marginais de Rubem Fonseca. E o tom que encontrou no Bukowski, que é uma mistura de humor e melancolia. Como Bono também é muito ligado a cinema e cultura pop, a história é recheada de referências e até homenagens explicitas a Tarantino, Irmãos Coen, Sergio Leone, os irmãos Farrelly e a Jerry Seinfeld.