A jovem autora Luciana Prates Cordeiro reflete, de forma crítica e corajosa, sobre as contradições do trabalho de assistentes sociais no CEVAT-TJSP, serviço forense único no Brasil que monitora visitas de familiares não guardiões a crianças e adolescentes vítimas de violência, decorrentes da judicialização das relações familiares. Ao abordar as tensões entre a vigilância protetiva e práticas históricas de disciplinarização das famílias pobres, recupera a trajetória sócio-histórica do serviço, destacando as resistências de assistentes sociais e psicólogos diante das decisões hierarquizadas do Judiciário Paulista. Com análise de três marcos de reconstrução do CEVAT-TJSP, a obra é uma contribuição indispensável para profissionais da área sociojurídica e para aqueles que buscam compreender as complexidades desse espaço institucional.
Raquel Raichelis
Assistente Social. Doutora em Serviço Social. Docente e Coordenadora do Núcleo de Estudos e Pesquisas Trabalho e Profissão (NETRAB) do PPGSS/PUC-SP