O que me proponho, a seguir, é um passeio pelas observações da mente, impressões dos sentidos e sensações da emoção que acumulei no mergulho que fiz nestas páginas a que deverei voltar para muitas abluções e imersões, como quem volta ao outono, vendo as folhas caindo e sentindo o tempo onde correu o vento. A primeira sensação é a de passar o tempo, o tempo passando e o homem contando o tempo. Trata-se de uma busca, a busca de valores, a busca pelo outono que não volta mais, pois o próximo será um novo tempo, um novo outono, com novas folhas caindo. A segunda sensação vem do fato de perceber que esta produção vem profundamente vinculada aos valores e sentimentos do ser humano, como processo de construção do "eu". A terceira é a sensação da abertura do horizonte, pela diversidade de contribuições na marca de uma evolução do unidimensional para o pluridimensional, numa superação do dogmatismo que herdamos da cultura religiosa e política ocidental. Daí, vou mergulhando mais nas poesias e bem depressa flutuo entre o amor, as flores e os sonhos.... entretanto, aos poucos, retorno à realidade que é tão escassa de amor e de verdade.