Sentimentos nobres por detrás das grades nasceu de anos de convivência com alunos apenados. Foi ouvindo, dia a dia, um pouco de suas histórias de vida e observando seus comportamentos e atitudes diante de diversas situações que a autora percebeu sentimentos e atitudes nobres vindas de muitos deles. Surgiu, então, a vontade de mostrar às pessoas que é possível resgatar muitos deles. É preciso conhecer um pouco do caráter, da índole e da história de vida de cada um, de maneira individual, e não coletiva.
É indispensável que tenhamos uma equipe multidisciplinar — formada por psicólogos, terapeutas, professores, médicos, enfermeiros, religiosos, empresários, enfim, toda a sociedade e, também, familiares — trabalhando no processo de ressocialização dos apenados.
Não se pode somente puni-los, privando-os de sua liberdade, e, assim, fazer dos presídios um amontoado de detentos, sem oferecer a eles trabalho, estudo, profissão e uma oportunidade verdadeira para mudarem de vida. Precisamos trabalhar com persistência em sua ressocialização para que, um dia, eles possam retornar ao convívio em sociedade de maneira disciplinada, segura e digna.
A autora declara que nunca se sentiu ameaçada ou se viu em alguma situação de perigo. Só tem a agradecer aos alunos pelo carinho e respeito que sempre lhe deram.
Escrever este livro é uma forma de agradecê-los.