A Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, criada em 2008 pelo Ministério da Saúde, é uma estratégia para minimizar a ausência dos homens na atenção primária. De acordo com vários estudos que ajudaram a formular a política, os homens são mais vulneráveis às enfermidades, principalmente às crônicas e graves, e morrem mais cedo que as mulheres. Eles não possuem hábito de acessar o serviço de atenção primária e geralmente adentram a saúde pelos serviços de média e de alta complexidade. Retardam a atenção à saúde e, consequentemente, contribuem para o agravamento do quadro de doença, limitando a ação apenas ao atendimento e não à prevenção e à promoção da saúde. A pesquisa aqui apresentada foi realizada com homens adultos numa unidade Básica de Saúde em Belém do Pará, em 2014. As categorias de análise foram suas percepções da importância da Atenção Primária, suas necessidades de saúde e práticas de autocuidado. Outros fatores que surgiram como relevantes no contexto do estudo foram relações com a família e o trabalho.