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No processo de expansão da Saúde Pública no Brasil, vários foram os obstáculos. Assim como o perfil epidemiológico, tais obstáculos também foram se modificando com o passar dos anos. Nas décadas de 70 e 80, os maiores desafios concentravam-se em reduzir a elevada prevalência de doenças infecto-parasitárias e a taxa de mortalidade infantil. Atualmente, em 2022, o cenário é diferente. A expectativa de vida é maior e a prevalência das doenças crônicas não transmissíveis também aumentou expressivamente, com destaque para as doenças isquêmicas do coração e doenças cerebrovasculares.
De acordo com o site healthdata.org, organização que reúne e divulga os indicadores de saúde de diversos países, o número de mortes causadas por violência interpessoal e acidentes de trânsito ainda se destaca no Brasil. O consumo de álcool e a desnutrição também se destacam dentre os principais fatores de risco para mortalidade e incapacidade combinadas, reforçando a urgência no debate e discussão dos temas.
Outro tema apontado como um desafio para a Saúde Pública é a saúde mental. No modelo de saúde vigente, é primordial o convívio dos pacientes com a comunidade e seus familiares, assim como o acompanhamento dos serviços da Atenção Primária. Além disso, emerge a necessidade de discutir o papel das Instituições de Ensino Superior e das diretrizes curriculares, pois a responsabilidade sobre os atuais desafios da Saúde Pública passa pelas mãos de todos.