A obra Satyricon, ou Satiricon, foi escrita no ano de 66 d.C. por Gaio Petrônio Árbitro um cortesão romano à época do Imperador Nero.
Um clássico da literatura universal e importante testemunho da vida na antiga Roma, O Satyricon é considerado o primeiro romance realista da literatura universal, sendo possível identificar em seu conteúdo temas que seriam explorados com maior riqueza somente na literatura Realista do fim do século XIX, como a exploração social e a hipocrisia. A maioria dos personagens do Satíricon são desprovidos de pudor. É muito interessante notar a completa amoralidade dos cidadãos, uma vez que o cristianismo ainda não tinha "purificado" a todos. Não existe repressão, tampouco vergonha com relação à sexualidade. Como todo clássico universal, o texto de Petrônio descreve cenas que podem ser identificadas ainda no comportamento humano de nossos dias. Neste caso, as observações do autor sobre a alta sociedade de sua época e seu comportamento ainda retêm uma identificação impressionante com seus equivalentes atuais. Nas palavras de Otto Maria Carpeaux: "A obra de Petrônio é de estranha e alegre atualidade".