Da brincadeira infantil à zombaria, o Saci das milhares de formas se apresenta com sua força histórica. Dando continuidade a sequência de contos sobre mitos brasileiros, Anita Cimirro (pseudônimo de Nicete Campos) nos apresenta o mais heterogêneo dos mitos: Saci-Pererê. Conhecido em diferentes países por nomes diversos, neste conto ele passeia em suas diferentes terras acompanhado por um menino com quem trava uma amizade. O Saci apesar do tom bem humorado de suas brincadeiras, não raramente parece diabólico para quem o desafia, e as fazendas do Rio Grande do Sul se tornam palco de travessuras deste ente. A busca por respostas passa tanto pela igreja local quanto pela casa do velho índio que tem nas suas memórias um contato nada amistoso com o Saci. Memórias enterradas no quintal do casarão trarão no futuro uma questão: Foi verdade o que se viveu nos tempos daquele Saci?