A polêmica sobre a maconha não é nova. Muito já foi dito, estudado, divulgado. Porém o debate está longe de acabar. Isso porque a relação do ser humano com substâncias entorpecentes é muito antiga, aliás teve origem há milênios, e em cada época as pessoas, as sociedades, os governos lidam de forma diferente com as drogas.
A Cannabis sativa já foi condenada e recomendada inúmeras vezes ao longo da história. Para se ter uma idéia, os chineses indicavam seu uso para conversar com os espíritos e os indianos a usavam em rituais religiosos. Já no Brasil, a erva passou a ser proibida na década de 40. Assim como em outros países, aqui tanto o porte quanto o consumo da droga é considerado crime. Em contrapartida, em nações como a Holanda o uso é permitido, embora controlado.
Então, se existem países de lados opostos nessa questão, quem está certo e quem está errado? Infelizmente, a pergunta não tem uma resposta e talvez nunca venha a ter. O posicionamento perante as drogas depende dos contextos social e político de cada nação. A proibição ou a liberação não deve ser considerada correta nem equivocada, mas, sim, adaptada ao momento em que a sociedade se encontra. Por isso, o debate é saudável e deve acontecer sempre, pois só analisando a questão é que as pessoas têm condições de decidir por este ou por aquele caminho.
E como em todo debate a informação correta é fundamental, nada mais apropriado do que conhecer um pouco mais sobre todas as faces da Cannabis para poder opinar e tomar alguma postura com segurança. A seguir, você tem um panorama da maconha sob a ótica da história, da medicina, da política, dos usuários, do tráfico e das artes. Como em tudo na vida, você vai perceber que a questão tem dois lados: os prós e os contras.