Ao contrário do que a maioria pensa, os campos de concentração e de trabalho forçado não foram invenção da mente doentia de Adolf Hitler. Muito antes do advento do Terceiro Reich, pessoas ficavam confinadas em campo na Rússia, ainda no século 18, sob o comando do czar Nicolau II. E a “fórmula” foi copiada por diversas nações, sempre com o intuito de controlar ou eliminar os oponentes do regime governamental. A mesma Rússia, então sob o comando de Lênin e depois Stalin, manteve campos (os chamados Gulag) para aprisionar quem era contrário à Revolução. Além dos soviéticos, governos do
Reino Unido, dos EUA, do Japão, das Coreias do Sul e do Norte, da China, do Chile e até do Brasil lançaram mão deste “recurso”.
No Brasil, estes campos funcionaram durante a Segunda Guerra Mundial e serviam para aprisionar os chamados “súditos do Eixo”. Surpreendentemente, houve mais de uma dezena de instalações desse tipo em território nacional. O assunto ainda é pouco divulgado, mas, graças aos trabalhos de estudiosos como Priscila Perazzo e Camões Filho, ele está sendo esmiuçado, analisado e apresentado ao público em obras literárias primorosas. Agora, se você pensa que campos de concentração e de trabalhos forçados são coisas do passado, saiba que, atualmente, na China, conforme relato de Harry Wu, diretor da Laogai Research Foundation e ex-detento do Laogai, muitos presos são mantidos em campos dentro do sistema de repressão chinês. Então, nada mais pertinente do que informar-se sobre este assunto tão importante. Nesta edição de Conhecer Fantástico, você vai conferir diversos detalhes do tema, que, sem dúvida, é extremamente vasto e interessante.