A ampliação do número de atores da sociedade civil presentes nos espaços de interlocução do Estado com a sociedade, como os conselhos e conferências de políticas públicas, trouxeram consigo um importante questionamento. De onde provém a legitimidade de atores que não foram eleitos para o exercício da ação representativa? A análise dos processos de composição de conselhos, conferências, orçamentos participativos e audiências públicas indica a insuficiência de três critérios de legitimidade – via eleitoral, território delimitado e igualdade matemática, relativa ao peso do voto de cada eleitor – da representação na contemporaneidade. Este livro apresenta um modelo processual de representação política.