Inegável que a humanidade vem enfrentando uma séria crise de moralidade. Na filosofia, a moral é a parte que trata dos valores em si e o sentimento e ações do indivíduo, orientados por esses valores. São as decisões que o ser humano, no exercício de sua liberdade, toma sobre o que deve fazer ou não para manter o bem-estar social. A Responsabilidade Social, alvo de intensos e controversos debates, em que se chegou à construção do seu conceito ancorado, principalmente, em questões de ordem moral, de teorias e abordagens e está, também, relacionado com a evolução do próprio conceito de empresa e da aplicação da ética no contexto organizacional. Muitos se preocupam com as consequências obrigacionais trabalhistas no âmbito material, resolvendo conflitos apenas com apelo ao lado financeiro da questão, bastando, para alguns, que o empregado seja indenizado monetariamente, deixando de lado as sequelas sociais decorrentes de atos faltosos dos empregadores, como se o dinheiro pudesse substituir a vida, saúde e dignidade do trabalhador e, por que não, de seus familiares. Em verdade, o que se constata é a relevância da Responsabilidade Social das empresas frente à condição de vida de seus empregados, de modo que seja permitido que o trabalho não se constitua em obstáculo às necessidades sociais, em especial quando se trata de cuidados com a vida, saúde e dignidade do trabalhador e seus familiares.