Resiliência e sentido da vida em Nietzsche trata do pensamento de Nietzsche sobre a superação e a autossuperação, a dor, o adoecimento, a vida, o sofrimento. Às vezes me pergunto por que insisto na temática da resiliência. A impressão que fica é que a resiliência me escolheu. A construção desta pequena obra conduziu-me a uma reflexão sobre a minha própria trajetória de vida. Uma infância perdida e uma vida adulta de superação por meio da ajuda alheia e segurando com garra toda oportunidade que surgia e que me levasse a mudar o rumo de uma história de sofrimento. Este como sendo
parte da minha vida e que a mim pertence. Assim escreveu Nietzsche se referindo a ele mesmo. A oportunidade maior foi a busca pelo conhecimento, pelo estudo. Esta foi a minha grande guinada. Veja a máxima de Ortega y Gasset: "Eu sou eu e minha circunstância, se não a salvo, não salvo a mim mesmo". Reforço o exemplo deixado por Nietzsche ao escrever: "Na minha vida há poucos casos de 'desânimo'; também de desânimo literário eu não poderia contar um só caso". Corroborando a citação anterior, Nietzsche escreve ainda: "Eu fiz da minha vontade de ser são, de viver, a minha filosofia". Daí a questão: foi possível inserir os conceitos nietzschianos do sentido da vida e da grande saúde na temática da resiliência, sendo este um termo tão recente e tão atual? Os estudos mostram que sim. Que a resiliência é a resposta a todas as crises da vida. Em Zaratustra, Nietzsche escreve: "Não é o rio o vosso perigo e o fim de vosso bem e mal, ó sábios entre todos; e sim aquela vontade mesma, a vontade de poder – a inexausta, geradora vontade de vida".