Esta obra faz um apanhado histórico do munícipio de Agrestina, entre 1960 e 1980, por meio do contexto da religião e da política em meio aos discursos proferidos em palanques eleitorais no agreste pernambucano. Ali diversos clérigos locais dividem-se entre as atividades eclesiásticas e os palanques eleitorais, dialogando com o campo profano da política local, embriagada, até as raízes, pelas práticas do clientelismo. Esse livro pretende demonstrar como, no período da Ditadura Militar, um conjunto de articulações discursivas fez emergir, na Terra da Mazuca, uma forma particular de populismo conservador de direita, num contexto fortemente marcado pelos laços umbilicais entre religião e política.