O conteúdo desta edição oferece ao leitor matérias que procuram despertar a necessidade de estarmos alertas, vigilantes e resistentes para enfrentar os preconceitos derramados sobre os grupos minoritários. Todos. Dentre estes grupos estão os índios, talvez de todas as minorias, a mais inocente, a mais vulnerável desde os tempos iniciais da colonização do Brasil pelos ibéricos. A tentativa é ajuda-los a acender o farol da desconfiança para as arbitrariedades escondidas em frases de efeito e clichês de uma maldade anunciada. A matéria de capa traz um texto de Darcy Ribeiro que fala das opostas visões entre colonizadores e colonizados; Juliana R. Sampaio (Ju), vem de Capa e Verso para a Comunidade Indígena Pancararés. O "Canto da Palavra" nos traz a música da Legião Urbana, Índios, com comentários de Felipe Carreira; Renato Passos faz um passeio pela feira municipal, em 1970, e mostra todas as coisas que ali se vendiam e todas as gentes que ali compravam. Além das seções costumeiras de prosa e poesia, a arte primitivista de Fernanda Vidigal conta uma história de simplicidade consciente, completada em sua entrevista; O ensaio de Reinadi Sampaio aborda a modernidade, as contradições no uso da internet e suas consequências e Gabriel Garcia Marquez nos traz Macondo e a sua historia, tão parecida com as histórias das republicas sul americanas, tão repleta de salvadores da pátria.