A partir de sua experiência dolorosa na educação básica, marcada por diversas cenas de discriminação e preconceito vividas nas escolas públicas por onde passou, a autora, uma mulher preta, de infância pobre, questiona se as atuais políticas públicas educacionais brasileiras têm estimulado práticas pedagógicas voltadas ao empoderamento da mulher. Ao longo da obra é feito um mapeamento das políticas educacionais vigentes, a fim de entender se as práticas docentes estão alinhadas ao reconhecimento e valorização das potencialidades das mulheres. Alguns conceitos importantes são discutidos, como empoderamento feminino, relações de subalternidade, patriarcado, processos de resistência, interseccionalidade, condição contemporânea da mulher, conceitos de gênero e produção de identidade. Certamente as reflexões aqui propostas levarão as/os leitoras/leitores a novos olhares sobre suas vivências, dentro e fora da escola, tensionando os motivos pelos quais ainda é nítida a dificuldade de dialogar sobre gênero, racismo, preconceito e inúmeros outros tipos de discriminação e violência que ocorrem no contexto escolar.