Direcionado para o docente que atua e trabalha ou deseja atuar e trabalhar com aprendizes em situação de refúgio, "Reflexividade crítica na prática pedagógica de PLAc" não só visita pontos essenciais a respeito da própria concepção de Língua de Acolhimento e da sua utilidade no processo de integração do refugiado no tecido social do país acolhedor, como também conecta esses conceitos ao universo da prática pedagógica reflexiva e crítica a ser desempenhada por um professor igualmente reflexivo e crítico. Para tanto, os estudos de Freire (2015), Leffa (2001, 2016), Leffa e Irala (2014) e Schön (2000) são fundamentais nessa discussão.
O livro traz entrevistas realizadas com professoras de Português como Língua de Acolhimento (PLAc) a aprendizes em situação de refúgio no Distrito Federal (DF). As respostas das colaboradoras foram analisadas à luz de Fairclough (2003, 2016), Koch (2018a, 2018b) e Koch e Elias (2018a, 2018b) e consideraram-se as categorias de análise textual da intertextualidade e da modalidade, com o objetivo de investigar se a prática pedagógica ali evidenciada contemplava a reflexão crítica (reflexividade) no fazer docente. Acrescenta-se que esse entrelaçar teórico e prático ainda vem a contribuir com a formação de novos professores, uma vez que revela o olhar e os desafios de docentes já atuantes, além de ser um convite a todos os leitores a adentrarem em uma reflexão sobre a sua própria prática profissional.