Recifenses é um livro de contos que fala da vida do povo do Recife. Em narrativas curtas, o escritor pernambucano Paulo Cantarelli presta tributo à tradição estética dos grandes contistas, sobretudo a Flaubert, Tchekhov e James Joyce.
A trama dos contos pode ser vista como uma série de variações sobre temas brasileiros e universais: os laços e relações humanas, fé, a loucura, a decadência estética, moral e urbana vivenciada pelo mundo (e pelo Recife) desde o século XX, a vida nos subúrbios pautada tanto pela violência quanto por lampejos de humor típicos do brasileiro; tudo isso, indo do realismo ao fantástico, do drama à comédia, passando pelas mais diversas histórias, com os mais variados cenários e personagens, para mostrar algo que Gustave Flaubert ensinava: que não há temas vis nem nobres, o estilo sendo por si próprio toda uma maneira absoluta de ver as coisas."