Nem tudo é o que parece ser. Há alguns anos atrás isso era denominado de "Efeito Denorex", aquilo que parece mas não é. Nas encrencadas relações humanas e sociais isso também acontece, onde nem tudo é racismo. Parece racismo, tem cara de racismo, tem cheiro de racismo, mas não é necessariamente racismo. Não se trata aqui de um réquiem ao branco malvadão, mas sim a constatação de que tanto brancos quanto negros são vitimas dela, da famigerada estatística e probabilidade. São elas, com as suas influências matematicamente contundentes, as causadoras de saias justas dia sim e outro também. Isso porque se uma situação eventual tem 70% de probabilidade de acontecer. Ela diz que, sim, vai acontecer. Assim, aquele homem negro que vem em sua direção à noite vai te assaltar; aquela moça negra, com certeza é a faxineira; e o rapaz negro vai ser seguido no shopping porque ele certamente quer roubar. Se nada disso porventura for verdadeiro, virão sorrisos amarelos, pedidos de desculpas, e segue o baile. Não há o que fazer. É a estatística e a probabilidade no piloto automático.