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Quem Matou Marielle

Quem Matou Marielle

Sinopse

Prefácio O assassinato de Marielle não é apenas mais um crime cometido contra a liberdade de expressão, é de fato um crime cometido contra a dignidade humana. Todo ser humano devia ser respeito e tratado de forma igual e justa, mas no Brasil, crimes como esse tem ocorrido regularmente, desde as barbáries cometidas pela ditadura. Sempre que uma voz vinda do meio do povo se levanta a favor das minorias, os poderosos dão um jeito de silenciar, mesmo que seja por meio da força brutal, covarde, como fizeram com Chico Mendes, Dorothy Stang e outros tantos. Se incomodar os poderosos, ou travar luta contra o estado que é sistematicamente governado por políticos corruptos, o fim será sempre o mesmo, a sepultura comum aos heróis da liberdade. Existe além disso, um estado paralelo, comandado por bandidos de colarinho branco, e por toda sorte de vermes, que rastejam sobre a miséria do povo brasileiro. Em todo país existe essa força do mal, mas no Rio de Janeiro o caso é de total contaminação do sistema político, na polícia, e em todos os níveis da segurança pública, sobretudo em grande parte do judiciário. Quem matou Marielle? Não creio que seja possível saber, há algum indício de que fora crime encomendado, mas os inimigos são tantos que não será fácil reconhecer e punir, não na a atual conjectura político-brasileiro, quem mandou matar fez sabendo que teria os meios "legais" para impedir uma investigação séria e profunda, nesse submundo, onde os atuais mandatários do país chafurdam há décadas impunimente. Este livro não é algo revelador como desejaríamos que fosse, é apenas um apanhado de pesquisas na imprensa, de forma cronológicas, assim como foi publicado, seguindo os fatos desde o dia da morte até o dia de hoje. Contudo, servirá como um valioso compêndio de estudos sobre a política brasileira, especialmente sobre a forma como o poder lida com os fracos, com justos e oprimidos desse país. Reconhecidamente uma das vozes mais ativas em defesa dos direitos humanos do Rio de Janeiro, desenvolvia sua plataforma política relacionada ao enfrentamento do racismo e das desigualdades de gênero e pela redução dos índices de violência, sobretudo nas áreas periféricas do estado do Rio. Há indubitavelmente uma comoção no país e um pedido implícito de resgate da dignidade da pessoa humana que há muito restou perdida neste país. Sentimos ter que perder personalidades distintivas como vinha se mostrando Marielle para que a sociedade de fato se rebele em face de um Estado caótico e que há muito deixou de capitanear para si suas responsabilidades mais primária, direitos fundamentais de todos nós. Sentimos ainda não tratar-se de fato isolado, as mortes advindas da violência deixaram há muito de serem fatos isolados para tornarem-se reiterados acontecimentos consequentes de um Estado acéfalo e impotente que prima pelo salve-se quem puder e não pelo interesse público, que coloca o interesse privatista de mais valia à frente dos seus deveres sociais e fundamentais de Estado tutor. A morte em tela possui todo esteriótipo de atos de execução sumária, por encomenda. Inobstante é cedo ainda para se firmar como um ato de execução de cunho político, são executados inúmeros policias e pessoas de bem semanalmente no país sem o mesmo destaque midiático-social de Marielle, necessário o cuidado e atenção com o todo e não nos amesquinharmos com insurgências seletivas. Execução pois a forma em que foi praticado praticamente não deixa dúvidas: carro emparelhado com o carro de Marielle com tiros disparados em sua direção, quando apenas estilhaços atingiram a outra pessoas que se encontrava no automóvel em que estava Marielle. Veio a óbito com 4 tiros certeiros em sua cabeça. Como execução que foi, dificilmente se chega nas nem sempre competentes investigações. a autoria dos crimes que se pretende.