Ao se cumprir é que a vida adquire sentido e valor. E é justamente no final da vida que Simonetta Magari conta sua história, vivenciada em alegre doação a quem precisava de ajuda psicológica, para pessoas com deficiência mental, mas também, de forma mais simples, para colegas, alunos, amigos. Isso até o momento da reviravolta, no dia em que foi diagnosticada com Esclerose Lateral Amiotrófica: de médica que cuida de pessoas, de repente ela se vê incapacitada, precisando de tratamento médico. Uma mudança dramática, difícil de aceitar. A narração – que o autor confia em primeira pessoa à protagonista, já incapaz de falar por causa da doença – transforma-se em uma meditação sobre a dor e a presença de Deus que, como um artista, trabalha de forma inesperada para compor uma obra de arte.