Em Quando Eu Deixo de Ser Eu?, o autor conduz-nos numa reflexão profunda e comovente sobre a identidade, a memória e a essência do ser humano diante da demência. Inspirado na sua experiência com pacientes que enfrentam a perda progressiva das suas lembranças, o autor questiona o que realmente nos define quando os nossos rostos se tornam desconhecidos, as histórias se apagam e os laços que nos unem ao mundo se desfazem. Combinando narrativas reais, filosofia e ciência, esta obra explora como a memória não é apenas um repositório de factos, mas um fio invisível que tece as nossas relações, emoções e a nossa própria existência. Entre relatos emocionantes de cuidadores, reflexões sobre a arte como resistência ao esquecimento e investigações sobre o impacto da neurociência na identidade, o livro desafia o leitor a repensar o que significa ser humano. Num misto de ensaio, testemunho e meditação filosófica, este livro não oferece respostas definitivas, mas sim um convite: a olhar para aqueles que vivem na névoa do esquecimento não como sombras do que foram, mas como seres que ainda vibram, sentem e existem – mesmo quando já não sabem quem são.