"Nunca se retorna de um luto. Reconheço-o como minha casa desde já, embora eu possa caminhar para a janela, respirar outros ares."
Este livro é o desenrolar de uma notícia de morte. É também a história de um pai, uma filha e uma árvore. Um deles está morto. Os outros dois terão de sobreviver.
Publicado também em Portugal, pela Visgarolho Editora.
Narrado em primeira pessoa, o romance deTatiana Lazzarotto acompanha a volta de uma mulher à cidade fictícia de Província para cumprir os desejos deixados pelo pai: recuperar a casa da família e impedir que a velha árvore do quintal, já condenada, seja derrubada.
O romance atravessa a ausência com delicadeza e maturidade, construindo uma reflexão sobre o que permanece quando alguém se vai.
"Arrancam meu pai da memória, matam-no novamente pela linguagem e depositam-no em um lugar onde nós, sua família, não podemos acessá-lo. Não conseguimos lutar, uma vez que também nos esquecemos de quem somos. Parte de nossas raízes foi puxada com
força, o que nos obriga a sobreviver abambalhados com o restante. Perder um pai é morrer planta, sem um pedaço debaixo da terra. Não falta luz do sol, água, adubo. Falta pai".
O que a imprensa diz:
• "Quando as árvores morrem é um luto. Um livro sobre um pai que é um mundo – que se desfaz de repente" —O Estado de S. Paulo
• "Ao tentar expressar o indizível, transforma palavras em símbolos, acionando sentidos que não poderiam ser expressados de outro modo" —Jornal Rascunho
• "A imagem alegre do bom velhinho contrasta com a perda, com a morte desse sujeito que tinha a capacidade de encantar" —UOL."