presença do alumínio trivalente (Al3+) em solos ácidos é um dos principais problemas para o desenvolvimento de cultivares em todo o mundo. Contudo, essa é uma característica comum nos solos do Cerrado. Além disso, no Cerrado existem muitas espécies que, além de não sofrer com a presença do Al, podem acumular grandes quantidades desse metal. Um exemplo desse tipo de plantas é a Qualea grandiflora, que se destaca por ser uma das espécies acumuladoras mais abundantes do Cerrado. No entanto, os mecanismos envolvidos nesse processo ainda são pouco conhecidos. Assim, uma análise proteômica foi utilizada no presente estudo com o objetivo de identificar e quantificar proteínas responsivas ao Al, no intuito de fornecer uma melhor compreensão dos mecanismos moleculares envolvidos em resposta a este metal. Para isso, plantas de Q. grandiflora foram crescidas com Al ou sem (controle) durante 90 dias. Subsequentemente, proteínas totais foram extraídas a partir de raízes das plantas de cada condição e, em seguida, analisadas por meio de técnicas proteômicas label free associadas à cromatografia líquida acoplada a um espectrômetro de massas. O presente estudo identificou um total de 3382 proteínas, dentre as quais 410 foram diferencialmente abundantes e associadas a diversos processos biológicos, bem como muitas vias metabólicas. Os principais processos biológicos foram relacionados a processos de oxirredução, metabolismo de carboidrato, catabolismo de substâncias orgânicas, entre outros.