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Quadras Metapoemáticas

Quadras Metapoemáticas

Sinopse

A poética imiscuída nessas quadras está impregnada da busca pelo sentido que um termo deixa transluzir num contexto poético - a acepção. E, por conseguinte, há uma preterição dos tropos (emprego de palavra ou expressão em sentido figurado) por uma predileção pelas palavras e seus significados. As palavras no universo poético dessa obra são diletas no afeiçoamento do autor e elas sobrepujam as expressões e falam por si mesmas, sendo inteligíveis consoante ao contexto poético. Há uma identidade metapoemática que permeia e concede coesão à obra. As palavras buscando coexistência nessa contextualização do fazer poético. Sendo a rima um ligame indelével, aqui imprescindível. É uma escolha feita pelo autor, norteado por suas convicções. Nessas quadras não há dolência. Não há um flébil suspiro. Há tão somente um colóquio com o fazer em si. Um colóquio com a Poesia. Um colóquio com as Palavras. Um colóquio com o Entusiasmo. Um colóquio com a Inspiração. Um colóquio com o que nos leva a fazer. Pois POESIA vem do grego "poíesis", que significa 'ação de fazer algo', pelo latim poese, + -ia . O Entusiasmo nos leva a fazer algo. A Inspiração nos leva a fazer algo. A Poesia nos leva a fazer algo. As Palavras nos levam a fazer algo. Et cetera. O principal objetivo dessas quadras é dar voz às palavras. E elas falam com mansidão e blandície, em melifluência poética. Ao menos assim é pretendido. Para intróito essas duas quadras e que elas falem por si mesmas: Não é proposta intencional Surge como imanência Como algo natural Esse parte da essência. Assim é o que faço Sem jogos de falsidade Sem desespero, sem despedaço Somente a minha verdade.