Caro leitor, nesta obra a autora quer mostrar-nos a Fenomenologia de Edmund Husserl, tomando nas mãos o tema das vivências dos fenômenos, mostrando-nos que é possível, por meio do método fenomenológico, apreender o sujeito humano e, no mesmo ato, analisar o mundo que se forma ao seu redor, assim como a pessoa que se desenvolve nas suas relações com o seu mundo-da-vida.
A Fenomenologia não coloca sobre os ombros dos profissionais psicólogos a responsabilidade da cura, mas a responsabilidade do relacionamento sadio com a pessoa que os procura, nas mais diversas situações de vida em que ela possa se encontrar. Outro divisor de águas que a Fenomenologia nos dá é o de poder analisar as vivências por meio desse método, que, por sua vez, permite-nos chegar aos aspectos estruturais dos fenômenos humanos tanto no corpo quanto na psique e no espírito, dando-nos os fragmentos essenciais daquela vivência evidenciada e permitindo às pessoas encontrar o sentido de cada um de seus atos, o seu sentido de vida.
Edmund Husserl mostra-nos e comprova em seus estudos, pesquisas e escritos que todos os atos humanos são intencionais, que todo ato humano tem sentido. A sua Fenomenologia faz emergir a precisa identificação da vivência entre corpo, psíquico e espírito, na unidade indivisível da pessoa humana.
Afirmo, caro leitor, que manter a responsabilidade do relacionamento sadio com uma pessoa em psicoterapia não é uma tarefa fácil. Então, por que não acreditar nos estudos feitos com muito rigor e competência pelos filósofos Edmund Husserl e Edith Stein? Eles já concluíram e afirmam que não se pode produzir nada que já não tenha sido colocado em gérmen no homem pela própria natureza. Nesse caso, cabe a nós desvendar a nossa própria natureza.