Em uma perspectiva que sinaliza a necessidade e a urgência de reconhecermos as raízes coloniais de nossa formação social e da nacionalidade brasileira, assim como seus efeitos no tempo atual – sobre a sociedade e sobre o campo científico –, esta obra sinaliza, ao mesmo tempo, o prejuízo de uma Psicologia fundada estritamente na racionalidade eurocêntrica e estadunidense, com frequência alheia aos dilemas da sociedade brasileira e latino-americana. Sem ignorar as relações de poder que marcam as produções científicas, a proposta deste livro indica, além disso, a importância do resgate e da valorização das reflexões de pensadoras e pensadores negros(as), indígenas, de uma formação e profissão comprometidas com o reconhecimento e com a problematização dos condicionantes histórico-culturais e econômicos de nosso país e com a sua transformação.