Este trabalho acadêmico, ao falar sobre a necessidade de representatividade em pesquisa sobre refúgio, demonstra que a inserção linguística no ordenamento tem potencial para ser o mais próximo da hospitalidade, dentro da aporia de Jacques Derrida de plenitude e condicionalidade, pois será através da compreensão do idioma e da inserção acadêmica que este refugiado, impossibilitado de fazer-se representar no processo legislativo através do voto, seja ouvido durante o processo legislativo que versa sobre seus direitos. Procurou-se também refletir sobre o que alimenta a percepção contemporânea de pertencimento e nacionalidade, proveniente da construção do Estado-nação, desde o início da Era Moderna. A Nação é um mito construído ao redor da noção de exclusão do que é externo, através de uma sucessão de características partilhadas, e observadas por indivíduos que residem em um mesmo território. E é sob este sentimento de compartilhamento e identificação que se produzem as leis – em caráter de exclusão a tudo que é externo, estrangeiro.