A produção de lixo é um grande problema do mundo moderno, e não para de crescer no Brasil e no mundo. No Brasil, de 2010 a 2014, o crescimento da produção de lixo foi cinco vezes maior que o da população. Em 2015, a produção de resíduos sólidos urbanos totalizou a incrível marca de 79,9 milhões de toneladas, um crescimento de 1,7% em relação ao ano anterior. Com esses números, o Brasil é o quarto país que mais produz lixo, e o pior é que essa produção cresce ano após ano (fonte: Abrelpe). Enquanto os governos e entidades envolvidas tentam aprimorar políticas públicas ambientais, o papel da escola passou a ser fundamental para trabalhar as novas gerações. Como trabalhar o lixo? Como destiná-lo minimizando os prejuízos que ele pode causar no meio ambiente? Como desenvolver hábitos e atitudes proativas para que as crianças de hoje sejam adultos pensantes e atuantes num futuro próximo? Esta discussão não pode ser mais adiada. As muitas possibilidades do dia a dia nas escolas contribuem muito para isso. Pode-se trabalhar com lixo, sucata e qualquer material descartável para desenvolver as percepções e preocupações nas crianças que os novos tempos exigem, no que diz respeito à questão do encaminhamento do lixo produzido por todos nós. Só assim podemos pensar num planeta ainda habitável nos próximos anos e décadas. E a grande transformação de mentalidade passa, necessariamente, pelos pequenos inocentes, que serão grandes atuantes na causa ambiental.