O Brasil é um país com pouca tradição científica. No início dos anos 1990 possuía cerca de 50.000 cientistas ao passo que EUA e Japão ostentavam mais de 350.000 cientistas cada e demonstravam altos índices de prosperidade e desempenho econômico. No Ranking das Nações Unidas, em termos de competitividade, o Brasil, em 1994 apresentava-se em 14º lugar, dos países em desenvolvimento, somente a frente do Paquistão. Essa realidade, aparentemente rude, mostra os segmentos mais deficientes de cada nação - O BRASIL SÓ FUNCIONAVA MELHOR QUE O PAQUISTÃO! E quase nada mudou até hoje... SOMOS FRACOS EM: 1. PODERIO ECONÔMICO INTERNO; 2. GRAU DE INTERNACIONALIZAÇÃO; 3. EFICIÊNCIA DO GOVERNO; 4. FINANÇAS; 5. INFRA-ESTRUTURA; 6. GERENCIAMENTO; 7. CIÊNCIA E TECNOLOGIA; 8. CAPACITAÇÃO DA FORÇA DE TRABALHO; Os graus de perfeição de nossas obras, produtos e trabalho são precários frente ao Japão e à média mundial (EUA + EUROPA) - Ver tabela, produzida pelo IMAM CONSULTORIA LTDA, em 1996. Não se investe em praticamente pesquisa e desenvolvimento, não se treina seus empregados e quase não se apresentam melhorias/ano (KAIZEN) por parte deles, solucionando problemas em sua rotina de trabalho. Ainda não conseguimos resolver os mais simples problemas. Temos conhecimento de poucas técnicas e métodos aplicados que nos ajudassem a diminuir a diferença mostrada em ambas as tabelas. Em 1990, considerado o ano de entrada do Total Quality Control (TQC) no país, nossos números eram desesperadores, mesmo a evolução mostrada em 6 anos deixamos muito a desejar. Todos os indicadores mostrados na tabela dos indicadores da Qualidade, Produtividade e da Economia, precisam de análise e solução de problemas para racionalizar e otimizar seus valores. Agora que estamos aprendendo a técnica mais adequada para a solução de problemas. No Japão, há pelo menos 30 anos, os trabalhadores e técnicos resolvem problemas todos os dias. Investigam fenômenos e fazem experimentos para aperfeiçoamento dos seus processos e dos fatores de manufatura inerentes. O Prof. Ishikawa, notável mentor japonês, falecido em 1989, vivenciou a "Batalha Japonesa contra Problemas". A luz de conceitos parcialmente emitidos, em consenso pela JUSE - UNION OF JAPANESES SCIENTISTS AND ENGINEERS, o Japão fez evoluir a qualidade de vida do seu povo e de suas obras e produtos, resolvendo problemas com metodologia disciplinada e forte raciocínio estatístico, com as 7 ferramentas estatísticas de controle de qualidade (ver anexo). Muitas patentes foram geradas e problemas complexos resolvidos. O que assombra é a simplicidade de uso dessas ferramentas e de outras técnicas capazes de solucionar cerca de 90% a 95% dos problemas interferentes na performance desses indicadores mostrados a seguir, que pode ter domínio total do pessoal de execução e de rotina e dos seus técnicos / engenheiros de linha e staff. Com nossa experiência de 22 anos em Controle da Qualidade de usina siderúrgica de grande porte, o autor teve oportunidade de vivenciar todo o "Metabolismo" de concepção, produção, venda e assistência técnica de produtos siderúrgicos e nesse período não encontrou metodologia estruturada, para projeto de experimento, mesmo após a entrada de TQC na empresa (em 1990). O passado nos deserdou, não deixando um método que fosse simples para aplicação e o entendimento das pessoas. O Brasil precisa de método simples que possa ser compreendido pelo maior número possível de pessoas e que possa ser facilmente aplicado no dia-a-dia das melhorias, nos trabalhos de rotina. Não pretendemos deserdar as gerações futuras e preocupados com a necessidade do Brasil, em crescer e torna-se próspero, o autor procurou estabelecer uma METODOLOGIA GERAL DE PROJETO DE EXPERIMENTOS, relatando toda sua experiência em usina siderúrgica.