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Professores Gays, quem se Importa com Eles? Um Estudo Autoetnográfico da Homofobia contra Professores Gays nas Escolas

Professores Gays, quem se Importa com Eles? Um Estudo Autoetnográfico da Homofobia contra Professores Gays nas Escolas

Sinopse

O livro Professores gays, quem se importa com eles? Um estudo autoetnográfico da homofobia contra professores gays nas escolas traz no seu corpo a trajetória e os dissabores vividos por um professor que, por meio da análise de cenas de homofobia, relata episódios aos quais esteve exposto durante seu cotidiano em uma escola de subúrbio. Neste livro, os leitores terão contato com cenas do meu cotidiano, que por não me encaixar nos moldes falocêntricos exigidos socialmente, vi-me diante de demonstrações de violência homofóbica dentro das escolas em que lecionei ao longo da carreira até então. Por não aceitar viver dentro do armário, vi-me por muitas vezes no epicentro de situações que envolviam bullying homofóbico. Por essa razão, resolvi editar este livro com o intuito de expor de forma clara e objetiva o que professores gays passam dentro do seu ambiente de trabalho, procurando contribuir para o enfrentamento dessa questão. O que mais me incomodava era que, como pesquisador, observei em minhas leituras a ausência de material que abordasse de forma clara o debate sobre os constrangimentos e estratégias de enfrentamento envolvendo as questões oriundas da violência homofóbica sofrida pelos professores gays em sala de aula. Por meio da metodologia de pesquisa e escrita autoetnográfica, pude me posicionar diante dos leitores como pesquisador e lócus da pesquisa, instrumentando-me a poder revelar o pesquisador, professor e ativista gay. Nesse contexto, apurei incomodados que a totalidade dos trabalhos acadêmicos e livros analisados pressupunham professores gays como assépticos, neutros, sem se mostrarem afetados pelas manifestações homofóbicas, sexistas e heteronormativas a que eram e são expostos. Em minhas considerações finais, ressalto uma tendência à camuflagem da identidade dos professores homossexuais, ou mesmo à negação da sexualidade no âmbito do espaço escolar, destacando os mecanismos de defesa que possam se apresentar na resistência e enfrentamento aos ataques homofóbicos.