E já vai aí mais um bocado de folhas cheias de versos, dessa vez comemorando a beleza de se está aqui, do vinho, do sexo e do pão. Da arte de quebrar os mandamentos inumanos impostos por um alienígena impiedoso, um incentivo a cobiça da mulher do próximo quando ele estiver distante e se ela for digna do desejo, deve-se mentir de mansinho, como quem fode na casa da sogra, do jeito de ser honesto na adoração de outros deuses, nem que seja um bezerro de ouro ou aquele tênis na vitrine daquela loja. Ser profano é o contrário de ser santo, fazer sexo na posição do missionário (pai e mamãe) só por preguiça mesmo, gostar de rock e de outras coisas boas da vida: viver a vida em seu esplendor é ser profano, ser santo é o contrário disto: é negar-se ao que ser quer porque se quisesse de verdade talvez não conseguiria... Amar também, amar é ser romântico, amar a criatura também é algo muito mudando… que esse livrinho de cento e poucas páginas lhe ajude a ser profano.