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Privilegium

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Sinopse

Bom, com um título tão codificado, um prefácio bem elaborado, não seria nada mal, não é mesmo? Então, meus caros leitores, para os amantes da fantasia, que adoram uma porção de ficção científica, degustarão com prazer cada letra de cada página desse livro. Haverá uma grande possibilidade de sentirem bons gostos em seus aguçados paladares literários. Sempre ou quase sempre nos muitos momentos de minha vida, até então, fui fascinado por escrever. Viajava em inspirações diversas, e dentro de minha cabeça, sentia milhares de ideias que chegavam a parecer mais pesadas que a gravidade de uma estrela pulsar (que não é muito, pois a gravidade não é uma força assim, tão forte, por isso eu as escrevia e aliviava meu disco rígido — acho que posso chamá-lo assim — tô falando de meu cérebro). Minhas manifestações de expressá-las em folhas foram aproximadamente quando eu tinha meus nove anos de idade. Inclusive, até hoje, ainda possuo as relíquias, repletas de erros de português, entretanto, com contos, estórias e até mesmo tirinhas (sim, eu desenho) mirabolantes, claro para a idade e época. Então, outrora, não muito remotamente, mas há cerca de onze anos, com uma idade entre quatorze e quinze anos, com a mente e corpo muito ativos, estava eu, num dia comum, assistindo meus desenhos animados. Sim, desenhos animados! E foi quando tive a luz repentina para desenvolver um jogo de cartas; especificamente um Card Game, como a modalidade é conhecida. No início, eu desenhava os personagens que eram frutos de minha virtuosa imaginação, que obviamente, eu sentia a necessidade de ser compartilhada com outras pessoas. (claro que na época eu não possuía nem a internet discada, o que dirá o acesso a essas redes sociais e aos diversos outros campos da área de compartilhamento ao alcance de um clique de um aparelho celular, nome ao qual acho que já caiu em desuso, modéstia parte, mas não é o foco a abordagem desse assunto). Então, eu as desenhava e jogava com meu irmão e meus amigos de rua. Pronta a arte, eu as recortava em retângulos, para fixá-las com durex em cartas de baralho, que eu comprava nas Lojinhas de meu bairro (exatamente, era o que tinha na época, inclusive as tenho até hoje). Mas não me contentei com o jogo, sentia que faltava algo a mais, algo que contasse a história dos personagens. Uma coisa que tornasse o jogo completo. E num dia qualquer, de um mês aleatório, do ano de 2011, tive uma ideia: comprei um caderno e comecei a escrever uma história que ligaria com o jogo. Na época, eu trabalhava como mototaxista. Pouco tempo depois, passado alguns meses, comecei a digitalizar a arte que eu fazia manualmente; notoriamente não estava com uma cara muito boa, porém o livro estava indo muito bem e as ideias explodiam e caiam perfeitamente letra por letra nas linhas das páginas do caderno. Só que nem tudo é um mar de rosas. Meu livro foi furtado, meu caderno, na verdade; pois havia deixado a porta aberta do local onde eu trabalhava e nesse momento oportuno, o ladrão de livros (sem vergonha) me decepou a motivação com a execução desse delito. Pois ali, naquele caderno, estava a obra piloto do livro, que hoje publiquei — com grande empenho de meu irmão. Em outubro de 2012, após me recuperar das letras perdidas, resolvi novamente iniciar meu livro. Simultaneamente, desenvolvia digitalmente o layout das cartas e a arte dos personagens, e como se não bastasse a perda do livro, certo dia, numa situação financeira não muito boa, vendi meu notebook com o projeto do jogo dentro. Vendi a um amigo, todavia a ele falei: antes de vendê-lo ou formatá-lo, espere, pois tenho arquivos para salvar . Mas ele não esperou e o vendeu, conseqüência disso, foi a perda do projeto do jogo. Mais uma vez, levei uma estocada no coração. Somente em abril de 2014, voltei a escrever o livro, porque desde o ocorrido, havia abandonado tudo, referente.