A sucessão patrimonial impõe desafios que podem comprometer a harmonia entre os herdeiros, tornando o inventário um processo burocrático, custoso e muitas vezes repleto de disputas que afetam o patrimônio e as relações familiares, razão pela qual o planejamento sucessório se torna essencial para prevenir conflitos e preservar o patrimônio.
A holding familiar surge como instrumento estratégico para esta finalidade, permitindo que a sucessão ocorra de maneira organizada e planejada, evitando desgastes emocionais, reduzindo a carga tributária e minimizando riscos de litígios, o que possibilita a preservação dos bens ao longo das gerações, a continuidade das atividades empresariais e o fortalecimento dos laços familiares, que passam a contar com um modelo de governança capaz de estabelecer diretrizes claras para a gestão do patrimônio comum.
Esta obra aprofunda a importância da advocacia na estruturação da holding familiar, demonstrando, de forma teórica e prática, como a aplicação de técnicas de mediação e negociação é essencial para transformar o planejamento sucessório em um processo dialógico, permitindo a identificação de interesses, a prevenção de conflitos e a construção de soluções que harmonizam expectativas individuais e coletivas, assegurando que a sucessão patrimonial não se reduza à mera divisão de bens, mas se estabeleça como um mecanismo sólido de preservação do legado, da estabilidade financeira e da coesão familiar ao longo das gerações.