O livro que o leitor tem em mãos, Práticas Restaurativas na escola: um estudo de antropologia da educação, constitui uma contribuição relevante em matéria educacional e, além disso, supõe uma contribuição relevante para as ciências sociais. O bullying e a violência dentro das escolas são fenômenos que não podem ser negligenciados pela sociedade, pois causam malefícios a milhões de crianças e adolescentes pelo mundo todo.
Nesse sentido, este livro apresenta um estudo de caso antropológico sobre a formação de educadores em práticas restaurativas e da sua aplicação no cotidiano escolar, mediando conflitos entre os alunos, em uma escola localizada no Estado de São Paulo. O estudo constata que a formação em práticas restaurativas foi amplamente aceita pelos educadores, que se sentiram capacitados para mediar conflitos entre discentes no cotidiano escolar, além das percepções dos educandos sobre a melhora na gestão dos conflitos entre alunos e da disciplina dentro da sala de aula. Além disso, verificou-se que a aplicação dessas práticas auxilia na educação socioemocional e na formação ética do discente.