No texto da autora, somos convidados a conhecer facetas do mundo da terapia familiar e a fundamentação que o sustenta por alguns autores em diferentes épocas. Fala de sua trajetória e da importância do convívio mais próximo com alguns mestres na sua formação. Traz conceitos e técnicas das abordagens Intergeracional, Narrativa, Colaborativa e dos conhecimentos da postura crítico-poética de Marcelo Pakman e a articulação entre eles na prática clínica, a partir do relato de histórias de três mulheres, na faixa etária de 60 anos. Ali, no encontro com o psicoterapeuta se revela a vida que ninguém vê, onde as técnicassão utilizadas quando necessárias para orientações de espaços introspectivos e de conversas favoráveis. Abre-se uma brecha para decifrarmos o si mesmo como num poema, no qual os sentidos estão além das palavras e que o mundo "está em constante processo de tornar-se". A leitura ecoa em nossa visão de mundo introspectivo e relacional,encontros que promovem singularidades e capta um potencial e motiva a descobrir quem somos e quem é o outro na relação e, ao final, descobre-se algo sobre si mesmo no trabalho psicoterapêutico. O livro tem contribuições qualificadas e uma variedade de experiências vividas pela autora que transita pela racionalidade epistêmica e o sensível do convívio. Rosa Maria Kemp