A implementação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010), o crescimento da população urbana, a crescente geração de resíduos sólidos e a carência de espaços para o tratamento e disposição final conduzem empresários, acadêmicos, políticos e a população a uma discussão sobre quais técnicas de manejo, tratamento e disposição devem ser utilizadas na gestão dos resíduos. Tendo em vista que a região do Grande ABC possui uma população de 2,7 milhões de pessoas e que em média é gerado quase 1 quilo de resíduo sólido urbano por habitante - dados de 2014 -, este trabalho discutirá as principais rotas energéticas empregadas na gestão dos resíduos sólidos urbanos, analisando e discutindo possibilidades para o aproveitamento do potencial energético dos resíduos gerados na região do Grande ABC. Os dados de geração de resíduos sólidos urbanos foram extraídos dos inventários estaduais de resíduos sólidos urbanos, publicados pela Cetesb, a composição gravimétrica nos planos municipais de resíduos sólidos, informações populacionais das cidades da Região do ABC dos bancos de dados do IBGE e os índices potenciais de geração de energia para cada rota energética dos resíduos obtidos na literatura atual. Foram analisadas as tecnologias de reciclagem, incineração, disposição em aterro e tratamento biológico, comparando-as entre si e verificando os respectivos potenciais de conservação ou geração de energia.