A presente pesquisa objetiva identificar as possibilidades técnico-interpretativas na escrita e performance da trompa no gênero dobrado. Nessa perspectiva, a pesquisa divide-se em seis seções, símiles às partes de um dobrado, a saber: introdução; parte A; parte B; ponte; parte C (trio); e coda final. A metodologia adotada fundamenta-se no estudo bibliográfico, na análise estrutural das funções de canto, contracanto, centro e baixo das partituras, além de entrevistas semiestruturadas. Sobre a ponte, realizou-se uma consulta junto a quinze mestres de banda estudantis atuantes na cidade de Teresina, Piauí, a fim de perceber a dimensões em que se assimila a trompa no contexto dos dobrados. Na parte C (trio), propõe-se a forma metodológica da escrita para trompa, a partir da identificação das funções de centro e de canto essenciais na proposição de performances, observando os aspectos idiomáticos e sonoros de escrita, correlacionados com os demais instrumentos da banda de música, a partir da tabela de extensão da trompa. Como resultado da pesquisa, apresentam-se partes extras de trompa dos dobrados Batista de Melo, Avante Camaradas, Dois Corações e Barão do Rio Branco, adaptadas para o uso com os arranjos originais, enquanto possibilidade de escrita e performance da trompa na banda de música.