Este livro traz contribuições pouco conhecidas sobre as iniciativas assumidas pelo Estado em estabelecer o domínio sobre os computadores "eletrônicos" em contextos tão distintos quanto os governos democráticos de Juscelino Kubitscheck e a Ditadura Civil-Militar. Resultado das pesquisas acadêmicas dos autores sobre o tema, com apoio do CNPq, Unesp e Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, o livro discute os interesses do Estado em inserir as tecnologias computacionais a partir do Grupo Executivo para Aplicação de Computadores Eletrônicos (Geace) para guiar das decisões do Plano de Metas (1958-1962) e a criação do Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro), voltado especialmente para solucionar o problema de arrecadação de impostos do país. Tais experiências voltadas à construção de um Estado moderno, tiveram repercussão na construção de expertises que se refletiriam nas décadas seguintes na busca pela autonomia tecnológica.