Estamos na era da liberdade sexual, liberdade do corpo, liberdade da mulher, liberdade da libido, mas será que somos realmente livres!? Será que por trás de toda essa liberdade não estamos vivenciando uma prisão!?
Tudo bem que nossas ancestrais foram totalmente reprimidas na expressão do seu lado feminino, da sua sensualidade e sexualidade; respeito e honro isso, sei e sinto a dor de todas elas.
Mas a sensação que eu tenho é a de que parece que estamos compensando o que nossas ancestrais não puderam fazer e agora carregamos o peso de uma vida vazia, superficial, sem conexão.
Relações superficiais, corpo perfeito, roupas caras, maquiagem, carros, viagens, vida perfeita, busca por uma beleza desenfreada e inesgotável, negação das nossas dores, da nossa sensibilidade, da nossa fragilidade, das nossas imperfeições, tudo para suprir um vazio existencial que carregamos dentro de nós.
Será que estamos vivendo uma liberdade ou uma prisão!?
Será que nós mesmas não estamos nos colocando em um lugar de muita dor, frustração, autoengano, autoflagelo, autoabandono, auto violência para nos manter na aparência de mulheres fortes, bonitas, bem-sucedidas, guerreiras e livres!?
Será que não estamos nos matando por dentro para alcançar tudo isso !?
Bem... talvez nesse primeiro momento pode ser que você não concorde comigo, mas se se permitir ler sobre a vida dessa mulher, provavelmente você vai entender o porquê de eu trazer tais reflexões na capa deste livro.