Poemas resistem a tudo. São imorredouros. Neles, verbos choram, adjetivos comprazem, sinônimos se apaixonam. Obedecem escovados a cadença de outrora, não obstantes, atrevem-se contemporâneos, vigentes. Nestas páginas, sentimentos atirados, por vezes, hílares espirituosos. Sem prejuizo, claro, dos verbetes íntimos e das conjunções capitadas por olhos lamechos. Às vezes lamentei, às vezes contentei, às vezes relembrei, às vezes lágrimas escreveram, às vezes disse o que não era pra dizer.