Cora é uma mulher linda e sedutora, que foi estuprada pelo pai e tem por hábito seduzir e depois matar os seus amantes. Rud, pastor evangélico, se deixa seduzir por ela e abandona mulher e filhas para morar com Cora. Aos poucos ele relembra da família e começa a se arrepender, mas Cora não está disposta a perdê-lo e resolve matar sua esposa. Elas se haviam encontrado pouco depois da separação e Angelina, a esposa traída, ainda frágil e meio depressiva, foi digna apenas do desprezo de Cora. Ao visitá-la na sua residência para envenená-la, entretanto, encontra uma mulher completamente diferente, com a auto-estima recuperada, que lhe oferece amor e perdão, e a desarma, pois na aparente fraqueza ela enxergou uma mulher forte e interiormente superior a si. Mas Cora não desiste e com todas as armas de uma mulher linda e sedutora, usa de sua juventude e beleza física superior à da rival para tentar prosseguir no seu plano maligno de sedução e morte. No desenrolar da estória conceitos de traição, vontade e tentação vão sendo analisados, num contraste entre desejo e razão. O objetivo é discutir o porquê da traição e se esta vale à pena. Por outro lado, se compensa ser uma esposa virtuosa. Enfim, fazer um contraste entre a infidelidade, cada dia mais comum, e a fidelidade eterna, discutindo as possíveis vantagens e desvantagens de uma e de outra.