Nos oito contos reunidos em Por que falar em morte se é primavera? a autora Maria Leonor Lopes-Assad constrói, ora em tom confessional e intimista, em primeira pessoa ("Laços"), ora de forma distanciada por um narrador onisciente (nos demais contos), personagens singulares em busca de algo indefinido que transforme suas vidas estagnadas. Apesar da melancolia e certo amargor que perpassam todos os contos, brota a certeza de que o surgimento de uma forte amizade (no último conto da coletânea) tem o condão de afastar a sombra da morte e anunciar uma nova primavera.