O fracasso das escolas públicas brasileiras é resultado de dois principais motivos: a "má-fé" da instituição escolar e a "desorganização familiar" de uma determinada classe no Brasil. As famílias da "ralé brasileira" não conseguem "preparar" (e não é culpa delas) seus filhos e suas filhas para a rotina escolar, e a escola, por meio de uma "má-fé", exclui e estigmatiza cotidianamente os indivíduos dessa classe. Compreender a gênese do fracasso escolar é entender a "socialização familiar" da "ralé" e as práticas pedagógicas que a excluem. Assim, podemos repensar o cotidiano escolar, de modo que um possível "fracasso de vida" de algum estudante, pré-determinado pela origem social/familiar, seja de fato transformado pela escola.