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Políticas Públicas para a Cultura: Teoria e Prática

Políticas Públicas para a Cultura: Teoria e Prática

Sinopse

Acultura, a política cultural e a gestão cultural, desde o final da década de 1980, passaram a ser temas importantes e suscitaram várias reflexões no Brasil. Na obra Políticas públicas para a cultura: teoria e prática procura-se entender os processos pelos quais esses temas passaram no período posterior à aprovação da Constituição de 1988, na busca da compreensão desse novo momento, quando o Brasil retomava a área cultural com uma forte tendência no viés antropológico. Para isso foi escolhido como objeto o debruçar-se sobre a administração cultural da maior cidade do país, São Paulo. O momento era bastante interessante, pois estava à frente da Secretaria Municipal de Cultura e Esportes uma filósofa, teórica da cultura, e isso não só despertava interesse, mas aguçava a curiosidade em saber como foi sua atuação e se as ações concretizaram seus saberes adquiridos em sua longa trajetória acadêmica. O texto deste livro apresenta a análise do Projeto Cidadania Cultural, proposto pela então secretária Marilena Chauí, implementado no período de 1989 a 1992, quando esteve como gestora cultural na Secretaria Municipal de Cultura da cidade de São Paulo (SMCSP). O olhar focado sobre essa ação permitiu identificar as diretrizes com as quais poderia ser construída uma possível política pública para a cultura. O projeto pretendia criar mecanismos de auto-organização dos cidadãos paulistanos, para que se tornassem partícipes do fazer cultural. No entanto, constatou-se que, embora a cidade de São Paulo tenha sido transformada em um "laboratório de experiências culturais" do Partido dos Trabalhadores, com a intenção de substituir o "clientelismo pluralista" pelo "participacionismo popular", o projeto não contribuiu, de fato, para a construção de uma política pública para cultura.