A pobreza e a extrema pobreza no Brasil têm cor, gênero e idade. A proposta desta obra é analisá-las no contexto econômico racializado, tendo como exemplo o Programa Bolsa Família. Na pesquisa constatam-se: a instrumentalização do uso da raça para cumulação sistemática de desvantagens destinada à população negra; um decréscimo da renda dessa população ocasionada pela cor da pele com fulcro no racismo estrutural e, por isso, a necessidade de se pensar em uma política econômica antirracista; o reconhecimento da mulher negra como prioridade estratégica nos desenhos institucionais das políticas públicas para o desenvolvimento social. O tema desta obra justifica-se em razão do imenso abismo entre negros e não negros, a partir da materialidade do racismo refletida nas condições de vida das pessoas. Verifica-se que a pobreza onera mais as pessoas negras e, em especial, a mulher negra, por isso, sinaliza-se o uso de ferramentas metodológicas como a interseccionalidade, aliada à transversalidade e intersetorialidade para o aperfeiçoamento dessas políticas.
"A pesquisa já se apresenta como um importante guia para todas as pessoas interessadas nos temas investigados e comprometidas com a equidade."
Profa. Dra. Eunice Prudente (USP)
"Com a publicação de seu trabalho, Mayara Amorim presta um enorme serviço à academia brasileira e à luta antirracista."
Prof. Dr. Vinícius Casalino (PUC-Campinas)