Em <i>Poética de Júlio Bressane</i>..., o autor, tendo em Haroldo de Campos um intercessor, penetrou no âmago de muitas questões. A tradução que desde logo se anunciara, a fusão de espaços/tempos. A interação com as artes plásticas, buscando nortear-se por uma pictografia, a cada passo, descoberta e proposta: as transcriações intensamente recriadoras. Cercado de competências, da presença tutelar e mágica do cineasta, do diálogo com seus pares, para quem a arte em si se impõe e confirma, Adriano Sousa conquista um lugar apropriado para falar de tudo isso. Plataforma de ação, atitude teórica, que abarca dos cariris aos Dias de Nietzsche em Turim, ao Filme de amor e leva a entrever que o talento conta para desvendar e transmitir as poéticas, que inauguram sempre novas percepções do mundo e da cultura.