Poetas, agrícolas, boêmios, esportistas, delicados: um jogo de masculindiades é indicado para jovens historiadores, pesquisadores das áreas de gênero, sexualidades, masculinidades, bem como interessados pelas pesquisas no/com o cotidiano educacional, e tem como efeito contribuições que atravessam os campos da Educação, da História, dos Estudos de Gênero e Sexualidade e dos Estudos da Linguagem, dentre outras ciências humanas.
Por um lado, no campo da História e da Educação, apresenta reflexões ricas a partir de uma materialidade discursiva que registra, pelo ponto de vista dos participantes, o momento político e educacional do país entre as décadas de 40 e 60 do último século. Esses dados indiciam a potencialidade que a participação estudantil tem ao engajar-se nas reflexões sobre seu cotidiano, ainda que exposto de modo menos formal, como nos jornais estudantis – que muitas vezes circulam de forma clandestina e com pouco fomento nas universidades contemporâneas. Trazer este material como objeto de análise, de modo criterioso e cuidadoso, em uma abordagem inspirada em Foucault, torna a leitura desta pesquisa mais necessária ainda. Por outro, problematiza questões fundamentais do nosso tempo, como a diversidade de gênero e sexualidade, sobretudo o tema das masculinidades, às vezes tão negligenciado nas agendas sociais, educacionais e políticas do País. A construção de relações sociais menos sexistas e machistas perpassa, também, o convite à reflexão sobre masculinidades e sua diversidade. Nesse quesito, este livro constitui material essencial para fomentar reflexões, debates e aprendizagens sobre o tema, a todos e todas estudantes, professores e pesquisadores do campo das ciências humanas e sociais.